SISTER ESCREVE: Sister Shannon Zirbel

Estava pensando na história que Élder Holland contou na Conferência Geral em Outubro do rapaz que passou pelo rio inchado. Amo esta história porque é um exemplo muito simples porém lindo dos anjos que nos cercam. Vou anexar a história para todas vocês lerem e lembrarem que a mão de Deus está muito presente em nossas vidas diárias. Acredito em anjos!
:) Com amor,
Sister Shannon Zirbel
P.S. E a foto... bem, é só para fazer vocês sorrirem!
Gostaria de citar o relato do meu amigo e colega da BYU, Clyn D. Barrus, já falecido. Faço-o com a devida permissão de sua esposa, Marilyn, e de sua família.
Falando de sua infância, passada em uma grande fazenda de Idaho, o irmão Barrus contou que sua responsabilidade noturna era reunir as vacas para a ordenha. Como as vacas pastavam em um local que margeava o, às vezes perigoso, rio Teton, a regra estrita na família Barrus era de que, durante as enchentes da primavera, os filhos nunca deveriam ir atrás das vacas que tentassem atravessar o rio. Deviam, em vez disso, voltar a casa e pedir ajuda aos mais velhos.
Falando de sua infância, passada em uma grande fazenda de Idaho, o irmão Barrus contou que sua responsabilidade noturna era reunir as vacas para a ordenha. Como as vacas pastavam em um local que margeava o, às vezes perigoso, rio Teton, a regra estrita na família Barrus era de que, durante as enchentes da primavera, os filhos nunca deveriam ir atrás das vacas que tentassem atravessar o rio. Deviam, em vez disso, voltar a casa e pedir ajuda aos mais velhos.
Certo sábado, logo depois de seu sétimo aniversário, os pais do irmão Barrus prometeram à família que iriam ao cinema, se as tarefas fossem terminadas a tempo. Mas quando o pequeno Clyn chegou ao pasto, as vacas que ele procurava tinham atravessado o rio, mesmo com as águas em seu volume mais alto. Sabendo que a incomum oportunidade de ir ao cinema corria risco, ele decidiu ir sozinho atrás das vacas, apesar de ter sido alertado várias vezes para nunca fazê-lo.
Ao fazer seu velho cavalo, Banner, entrar na correnteza fria e rápida, o menino mal conseguia ver a cabeça do cavalo acima d'água. Um adulto sobre um cavalo estaria seguro, mas por ser tão pequeno, a correnteza cobria o irmão Barrus completamente, exceto quando o cavalo, aos saltos, se lançava à frente, fazendo a cabeça de Clyn sair da água só o suficiente para respirar.
Agora narro nas palavras do próprio irmão Barrus:
"Quando o cavalo finalmente galgou a outra margem, entendi que minha vida correra grande perigo e que eu tinha feito algo terrível — eu desobedecera conscientemente a meu pai. Senti que só poderia me redimir se trouxesse as vacas em segurança de volta. Talvez assim meu pai me perdoasse. Mas já estava ficando escuro e eu não tinha certeza de onde estava. O desespero tomou conta de mim. Eu estava molhado, com frio, perdido e apavorado.
Desci do cavalo, caí ao chão e comecei a chorar. Entre os fortes soluços, tentei fazer uma oração, repetindo várias vezes ao Pai Celestial: 'Sinto muito. Perdoe-me! Sinto muito. Perdoe-me'!
Orei por muito tempo. Quando finalmente ergui a cabeça, vi entre lágrimas um ser vestido de branco vindo em minha direção. Na escuridão, tive certeza de que era um anjo enviado em resposta a minhas orações. Não mexi um dedo nem fiz ruído enquanto ele se aproximava, tão assombrado estava eu com a visão. O Senhor realmente enviaria um anjo a mim, que tinha sido tão desobediente?
Então, uma voz familiar disse: 'Filho, estava procurando você. Na escuridão, reconheci a voz de meu pai e corri para seus braços estendidos. Ele me abraçou apertado e disse amorosamente: 'Fiquei preocupado. Que bom que o encontrei'.
Tentei dizer-lhe o quanto sentia, mas só palavras desconexas saíram de meus lábios trêmulos — 'Obrigado (…) escuridão (…) medo (…) rio (…) sozinho'. Mais tarde fiquei sabendo que meu pai saíra a minha procura quando viu que eu não tinha voltado do pasto. Ao não encontrar nem a mim nem as vacas, ele soube que eu tinha atravessado o rio e que corria perigo. Devido à escuridão e à escassez de tempo, ele tirou as roupas e ficou só com a ceroula térmica branca, amarrou os sapatos ao pescoço e atravessou a nado o traiçoeiro rio para resgatar o filho que se perdera."
Meus amados irmãos e irmãs, testifico-lhes que anjos existem, tanto os celestiais quanto os mortais. Ao dizer isso, estou testificando que Deus nunca nos deixa sozinhos nem desamparados nos desafios que enfrentamos. "[Nem deixará de fazer] ele isso enquanto durar o tempo ou existir a Terra ou existir na face da Terra um homem para ser salvo." Às vezes, global ou pessoalmente, podemos sentir-nos distantes de Deus, afastados do céu, perdidos e sozinhos em lugares escuros e tristes. Muitas vezes, essa situação pode ser causada por nós mesmos, mas mesmo assim o Pai de todos nós está vigilante e pronto para ajudar. E sempre há aqueles anjos que vêm e ficam ao redor, visíveis ou não, conhecidos ou anônimos, mortais ou imortais.